O ÚLTIMO VIRGEM

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O ÚLTIMO VIRGEM.

Por: Érica Severiano 1º R




Já fazia um tempo que eu ouvia as piadinhas torpes dos meus amigos, era sempre a mesma coisa.

-Ele é gay, cara.

Dizia Adriano, enquanto ria, fazendo com que todos rissem também.

Era sempre assim quando nós saiamos juntos, as garota davam em cima de mim, agente passava a noite juntos, mas nada de sexo, e pela manhã os meus amigos, contando suas conquistas pessoais acabavam por descobrir que eu não tinha "feito amor" com a garota. Era muito constrangedor eu assumo, mas eu não queria tirar a inocência de uma garota bêbada e saber que ela se arrependeria pelo resto da vida, acho que eu era o único pois meus amigos pensavam diferente e até chegavam a rir da minha cara, me chamava de bonequinho de porcelana, dizia que eu tinha medo, o que não era totalmente mentira.

Em uma noite de sexta, Adriano, Felipe, Jorge e Eu resolvemos sair para uma festa que teria na casa da Maria, a garota mais gostosa da escola. A festa estava demais, música alta, todos se divertiam; a maioria das pessoas que estavam lá eram adolescentes, mas ainda sim todos estavam bêbados, com exceção de mim que jamais tinha botado uma gota de álcool na minha boca. Bom, até aquele momento, antes da Maria aparecer com um copo de Shor fx (Bebida composta de Martini, Absinto e Vodka) e uma mini saia branca. Aceitei copo que Maria me ofereceu, no primeiro gole senti minha garganta arder, não tinha um gosto bom, mas Maria estava olhando com um sorrisinho maroto no canto dos lábios; virei o copo, minha cabeça doeu de imediato e a partir daquele momento senti que tinha conquistado minha liberdade. Depois do primeiro copo não consegui mais parar, Maria e eu bebemos juntos até o fim da noite.

Quando acordei pela manhã não consegui reconhecer onde estava, só que tudo ainda estava rodando, olhando bem ao redor percebi que a noite deveria ter sido boa, havia roupas espalhadas por todos os lugares do quarto onde me encontrava, olhei as horas no meu relógio de pulso, eram seis horas da manhã minha mãe deveria estar preocupada, afinal eu ainda tinha 16 anos e vivia as custas dela. Catei minhas coisas e fui embora para casa.

Eu não deveria estar me sentindo tão mal, mas, eu estava, era uma sensação ruim. Passado alguns dias encontrei meus amigos

Adriano todo orgulhoso comentou:

-Cara fiquei sabendo que "tu catô" a Maria, é verdade?

Fiquei meio sem graça de responder.

Jorge se intrometeu:

-Qual é cara conta pra gente, nós somos seus "brothers"

Então eu admiti.

Só que em seguida veio a bomba que mudou minha vida, meu amigo Marcos que não estava na festa, se manifestou e eu fiquei incrédulo.

-Cara você usou camisinha, né?

Eu disse que não me lembrava. E ele estava pálido.

-A Maria tem Aids! -Ele falou fazendo com que todos ficássemos calados.

A partir daquele momento eu fiquei calado, minha casa caiu, mas aquilo não foi a única coisa de ruim que aconteceu, alguns meses depois Maria apareceu na minha casa, toda descabelada e chorando muito só entendi em meio a tantos soluços:

-"Tô" gravida.

Por tanta pressão que a vida me impôs hoje já não sei o que sou, me tornei mais um dos tantos caras com DST, pai na adolescência e com uma esposa que não me ama. Seria melhor se eu continuasse sendo o último virgem.




(OBS:Essa história e totalmente fictícia, qualquer semelhança com a vida real e mera coincidência.)



"NÃO VIVA SUA VIDA SE ESPELHANDO NA DOS OUTROS, NÃO ERRE PELO ERRO DAS PESSOAS AO SEU REDOR, SEJA VOCÊ ACIMA DE TUDO, FAÇA O QUE GOSTA E EXPRESSE O QUE SENTE"

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